Encarar globalização como vilã pode ser nocivo a diversas economias
A globalização é um fenômeno que causou a quebra de fronteiras e possibilitou a integração de mercados econômicos distantes. Esse processo passou a sofrer na década passada com as crises econômicas e a ascensão do terrorismo no mundo. Os motivos e impactos de uma possível desglobalização foram assunto de entrevistas do UM BRASIL.
Para o secretário de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, o mundo globalizado foi sendo atacado aos poucos, até culminar com a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos com temas de campanha que envolviam políticas protecionistas e rompimento de acordos internacionais.
“A pergunta é quanto tempo isso vai durar. Se é uma tendência mais longa, se o cinismo e o interesse individual vão prevalecer sobre a possibilidade de integração, ou se, pelo contrário, essa busca por políticas mais nacionalistas vai levar a um subdesempenho das economias”, diz Troyjo.
Na visão do líder de Pesquisa de Competitividade do Fórum Econômico Mundial, Daniel Gómez Gaviria, as políticas protecionistas surgem porque o processo de globalização não agradou a todos. O economista entende que o atual desafio está em proteger os benefícios que a globalização permitiu, principalmente, às classes pobres dos países emergentes.
“Ao analisarmos os efeitos dos processos de globalização, milhões de pessoas foram tiradas da pobreza na China, na Ásia, na Índia, quando os países se integraram e começaram a participar da economia global”, afirma o doutor em economia pela Universidade de Chicago.
“Acho que teve uma redução na desigualdade com a queda da pobreza, mas houve aumento de desigualdade dentro de certas sociedades e certos países. Eu acho que essa é a experiência de algumas nações industrializados, como o Reino Unido e os Estados Unidos. Essa onda de protecionismo pode causar danos muito grandes, porque as correntes globais estão muito integradas e dispersas pelo mundo”, completa.
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