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Sociedade

Deficiente auditivo vive como se fosse um estrangeiro no próprio país

Publicado em: 6 de setembro de 2019

ENTREVISTADOS

MEDIAÇÃO

A realidade dos deficientes auditivos é marcada pela falta de comunicação com toda a sociedade. Isso afeta a convivência deles em diferentes meios, como o familiar, o escolar e o profissional. O tema foi discutido pelo CEO e cofundador da Hand Talk, Ronaldo Tenório, em gravação feita pelo UM BRASIL, iniciativa mantida pela FecomercioSP.

“Existe uma barreira de comunicação entre surdos e ouvintes porque 80% dos surdos não conhecem o português, e a maioria dos ouvintes não conhece Libras [Língua Brasileira de Sinais]. Percebi que o surdo vive como se fosse um estrangeiro no próprio país. A surdez é uma deficiência invisível: é difícil identificar um surdo na rua. Apesar disso, o problema de comunicação dele é gravíssimo”, afirma Tenório.

A ideia do aplicativo Hand Talk surgiu em 2008 como solução para um trabalho acadêmico e, apenas quatro anos depois, começou a ganhar corpo com a proposta do sócio da agência de publicidade na época. “O aplicativo é usado por surdos e por ouvintes que queiram aprender os primeiros sinais. Acho que a ferramenta vai além de um simples tradutor, é uma ponte que está unindo surdos e ouvintes”, lembra Tenório.

O app foi lançado em 2013 após um ano de desenvolvimento, e, com ele, nasceu o Hugo, um intérprete 3D que tem expressões faciais e corporais para facilitar a comunicação. Além do aplicativo gratuito, um plugin foi desenvolvido para tornar os sites acessíveis em língua de sinais. Segundo Tenório, o aplicativo tem mais de 2 milhões e meio de downloads e traduz mais de 33 milhões de palavras por mês. Contudo, o que sustenta mesmo o negócio são as centenas de sites acessíveis em Libras.

Empreendedorismo social

“Em empreendedorismo social, é preciso cuidado para não ser mercenário nem missionário”, destaca o fundador da Hand Talk.

“Não adianta o negócio ter grande impacto, mas não trazer receita para que ele se mantenha, assim como de nada vale uma empresa social preocupada apenas com o retorno financeiro. Deve haver equilíbrio entre impacto social e retorno financeiro”, conclui.

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