Desafio do Brasil é tornar serviços públicos aceitáveis, diz cientista político norte-americano
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“Sempre há uma distância entre o que o governo faz e o que a sociedade precisa em qualquer democracia, mas, na América Latina, um grande desafio é encontrar alguma forma de tornar os serviços públicos aceitáveis para as pessoas que sobem de camada social. O Brasil não está conseguindo fazer isso.”
A opinião é de Robert Kaufman, professor de Ciências Políticas da Universidade de Rutgers e um dos entrevistados do UM BRASIL sobre os ambientes político e econômico do País. As entrevistas, conduzidas pelo jornalista Adalberto Piotto, foram gravadas no início do ano nos Estados Unidos.
“As escolas públicas, por exemplo, estão terríveis. Um brasileiro de classe média, com uma renda razoável, faz uma economia e se esforça para colocar os filhos em uma escola particular porque entende que eles não terão futuro, não entrarão em uma universidade decente, estudando em uma escola pública”, afirma o cientista político. Segundo ele, o segmento crescente da classe média optou por ficar de fora do sistema público.
“Esse tipo de necessidade não está sendo atendida. Agora, na verdade, muito mais crianças pobres têm acesso à educação e à assistência médica, mas a qualidade dos serviços não é boa”, conclui.
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